segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Pesquisa revela que brasileiros condenam invasões do MST

Na avaliação de 72% dos entrevistados, polícia deve ser acionada para retirar invasores


As invasões de propriedades rurais e atos de vandalismo promovidos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) são cada vez mais condenados pela população brasileira.



É o que aponta pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), encomendada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para avaliar a visão da sociedade sobre o MST, por meio de um levantamento com duas mil pessoas.


Na opinião de 92% dos entrevistados, as invasões são consideradas ilegais e 75% repudiam esta iniciativa como principal solução para obtenção de terras para produção agropecuária e assentamento de famílias.


O estudo também constatou que 72% dos que participaram da pesquisa consideram que o poder público deve utilizar a polícia para cumprir ordens judiciais de retirada dos invasores, enquanto 61% acham que o governo deve cumprir os mandados de reintegração de posse.


Já os proprietários de fazendas não devem usar armas próprias para se proteger ou prevenir invasões em suas propriedades, de acordo com 69% dos entrevistados. Segundo 61% das pessoas ouvidas, o caminho mais adequado para resolver a questão destas ocupações ilegais é a justiça.


A rejeição às atitudes promovidas pelos sem-terra nos últimos anos fez com que a população deixasse de associá-los diretamente à reforma agrária. Ao falar do MST, 69% dos entrevistados no estudo encomendado pela CNA ligam o movimento primeiramente a invasões, 53% a atos de violência, e 54% atribuem os conflitos no campo ao MST. Soma-se a este indicativo o fato de que 78% citam as invasões como principal ação dos seus integrantes para atingir seus objetivos.


A pesquisa revela ainda que 57% consideram que o MST se desviou dos seus principais objetivos. Em relação à reforma agrária, 66% acham que as invasões não têm como foco o assentamento das famílias, mas uma forma de pressionar o governo federal.


Observou-se que 60% acreditam que o MST mais prejudica do que atrapalha a reforma agrária. Ainda no estudo, mais de 70% dos entrevistados responderam que a organização prejudica o desenvolvimento econômico e social, a geração de empregos, os investimentos nacionais e estrangeiros e a imagem do Brasil no exterior.


Em relação às movimentações financeiras do MST, a pesquisa mostrou que 56% das pessoas ouvidas acreditam que o movimento recebe recursos públicos federais. Para 28% deles, estas verbas financiam principalmente as invasões de terra. Desta forma, constatou-se que 82% apóiam a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar quem de fato dá suporte financeiro aos integrantes do movimento.
Deu na Veja
Uma história de 25 anos de banditismo e vandalismo transformou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em uma das instituições mais repudiadas do país. Até a Câmara dos Deputados e o Senado, que vivem imersos em escândalos, contam com mais simpatia da sociedade. A primeira palavra que a população associa à sigla MST é “invasão”, um crime tipificado no Código Penal. A segunda é “violência”. A devastação da imagem da organização foi comprovada em uma pesquisa realizada em novembro pelo Ibope Inteligência. O trabalho foi encomendado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), para verificar o apoio popular à CPI do MST, instalada no Congresso para apurar delitos atribuídos à entidade. Constatou-se que, para a maioria dos brasileiros, o MST prejudica o desenvolvimento social, a economia, o emprego, os investimentos e mancha a imagem do Brasil no exterior. As respostas dadas por 2 000 pessoas às 32 perguntas do questionário transmitem uma mensagem clara: os cidadãos do país querem ordem e paz, e culpam os sem-terra pelos confrontos no campo. Nada menos que 54% atribuem os conflitos agrários ao MST.

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