quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ocupação Dandara e a lentidão da Justiça

Há muito o País tolera, por conveniência de governantes, a instalação da bagunça e da desordem por parte de pessoas que se dizem "sem terra". No universo dos assim denominados, militam os interesses escusos do recebimento de dinheiro oriundo de fontes internas e externas, tão obscuras quanto os interesses e razões políticas, que não diferem absolutamente em nada, quanto à origem e os interesses, do financiamento dos movimentos. Defensores e usuários da terra são poucos, talvez 10%, lideranças treinadas nos interesses, em torno de 20%, e o restante, apenas massa de manobra.


Neste contexto e com objetivos determinados, o momento político forte que se aproxima é mais que adequado ao início das mobilizações, assim como o menos problemático para realizá-las, já que qualquer ação vista como imposição da ordem poderá ser interpretada como abuso de poder ou exagerada (certamente assim será reclamada), inibindo procedimentos controladores do governo que teme ser visto como reacionário nesse momento, principalmente.


Assim, anos se sucedem e, nenhuma ação maior existe para minimizar ou exterminar estas ações absurdas de vilipêndio ao patrimônio, público ou particular, que vão ganhando corpo e aumentando no decorrer do tempo, sem qualquer represália. A desculpa nem existe. A líder do movimento, na mais recente ação vandalística, com um sorriso maroto, justifica o injustificável. Não há punição mesmo! O País, a ordem e o respeito ao patrimônio que se danem! O governo é frouxo e conivente, mas é simpático, bonzinho e todo sentimental em relação ao seu povo.

O que vem acontecendo em Belo Horizonte nos dá uma mostra do que se narra acima. Desde abril convivemos com a invasão de um terreno na região da Pampulha. Área de propriedade de uma construtora e já com todos os projetos prontos para a implantação de condomínios de casas, que no futuro ia valorizar todos os imóveis da região.


A invasão liderada pelo MST e sua ramificação denominada Brigadas Populares, a principio com menos de cem famílias no mesmo dia ia perdendo força quando seus lideres para não se verem derrotados incitaram e chamaram os moradores de um aglomerado pertencente à Ribeirão das Neves instalado na divisa dos municípios, para incharem a invasão. Feito isso, conclamaram os políticos deputados e vereadores esquerdistas, ramos de esquerda da igreja católica, e seus simpatizantes a apoiarem-os e pressionar a PBH para desapropriar o terreno para os mesmos.

Não podemos deixar aqui, de louvar a atitude do prefeito Marcio, que em momento algum fraquejou e tem mantido sua palavra de não negociar com os invasores.


O que vemos hoje.
Após seis meses de invasão o que vemos é o enfraquecimento da mesma, os lideres da invasão quase não são achados mais na mesma, só aparecem nos finais de semana, deixando a mercê o povo usado de massa de manobra. Com isto as brigas são constantes dentro do terreno. Brigam por meio metro de cerca que outro avançou em seu pedaço demarcado (vejam... brigam por uma coisa que nem é deles!), brigam por roubo de telhas, pedaços de madeira, enfim esse povo briga por nada! Se matam por nada! ´


Só lamentamos a lentidão da Justiça Mineira quanto ao fato. Enquanto em outros Estados a reintegração de posse é certa e ligeira, por aqui o lenga lenga é notório. O vai-e-vem de petições e liminares arrasta o processo enquanto os barracos proliferam no terreno. Vemos tijolos e materiais de construção entrando a todo o tempo sem se fazer nada. A PM até tenta coibir, mas é só uma guarnição para uma área imensa! A estratégia deles, agora, é guardar os materiais em terrenos particulares próximos ào terreno invadido e durante a noite/madrugada, quando ninguém vê e a PM vai embora, transportam os mesmos em carrinhos para a invasão!
Estão colaborando para a criação de mais um problema para Belo Horizonte. Mais uma favela em BH!...
E isso... ao lado da Toca da Raposa II, cotada para ser a sede de treinamento de uma seleção na Copa 2014. Que feio para BH, jogadores, imprensa e turistas de vários países ao chegarem no portão da Toca se depararem com um monte de barracos de tábuas e lonas... Que feio BH!