sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Invasores de terrenos na Capital e Grande BH tem até carro. Com a lentidão da Justiça invasões proliferam...



A cadela “Boneca” é mansa e chega, devagar, para assuntar a conversa. Perto, uma horta com couve, quiabo, cana e banana recém-plantados. Ao lado, um fogão improvisado em um jirau. Tudo, no terreno de 200 m2 onde, há cerca de dois meses, Maria da Ajuda, o marido dela, José César, e o cunhado, Aguinaldo, dormem em uma barraca improvisada.

A família ocupa um dos milhares de lotes “demarcados” com fios de arame, plástico e garrafas pet em uma área gigantesca conhecida como “Fazenda da Baronesa”, no bairro de mesmo nome, em Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte.

Antes, o trio vivia no Conjunto Zilah Spozito, na zona Norte capital. “Mas, se Deus quiser, aqui construiremos nossa casinha”, disse Maria da Ajuda, enquanto comia arroz, feijão e frango em uma bacia.

Segundo uma das lideranças da comunidade, o terreno já tem, “oficialmente”, 2.079 lotes de 200 m2. Na lista de espera por uma desistência estariam 500 nomes.

De acordo com o líder, que se identificou apenas como “Zé”, a propriedade começou a ser invadida em 1º de junho. Desde então, o número de ocupantes, vindos de várias partes da região metropolitana, aumentou, e o grupo decidiu se organizar.

Uma “doação” de R$ 10 é pedida a cada família como “pagamento simbólico” para o advogado Felipe Nicolau, que representa a comunidade.


Motorizados
A maioria dos membros parece ser carente. Alguns dos invasores, porém, vão para o local de carro, para tomar conta dos “lotes”.

Na última quinta-feira (26), o Hoje em Dia esteve na “Fazenda da Baronesa” para checar a denúncia de que “lotes” estariam sendo vendidos ilegalmente por preços a partir de R$ 300.

“Quem pode pagar os R$ 10 paga, mas ninguém é obrigado. E não há venda de terreno aqui”, rebateu Zé. Em toda a extensão da área, no alto do morro e nas encostas, é possível ver os “terrenos”. A maioria tem uma placa escrita a mão, com o nome do “dono” e até o telefone. O “aviso” é para as pessoas que, a todo momento, chegam procurando um lugar.

É o caso de Heliton Gomes, de 35 anos, e Jessé Marques, de 30. Ambos pagam aluguel no Conjunto Felicidade, na zona Norte em BH, e na última quinta-feira (26) buscaram terras para ocupar na “fazenda”, em vão. “Vamos continuar tentando. Qualquer cantinho é melhor do que pagar aluguel”, diz Heliton.(Fonte: Jornal Hoje em Dias - Link da materia aqui))

O comércio de lotes em invasões proliferam em Belo Horizonte, até 2009 a PBH estava conseguindo urbanizar as favelas através do "Vila-Viva", mas após a invasão de um terreno na Pampulha, de propriedade da Construtora Modelo, e a morosidade da Justiça de Minas (TJMG) em dar a reintegração de posse aos legítimos proprietários, as invasões proliferaram em BH e Região Metropolitana. Há invasões no Barreiro, Pampulha, Ressaca em Contagem e agora na Granjas Werneck,,, e por trás disto sempre os mesmos líderes já citados aqui no blog...

 Na invasão dandara, na região da Pampulha, carros na garagem são vistos até em fotos no Google.



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